O meu voto [é] de que não se aceite a Capitulação como ofensiva, que se pergunte ao General em Chefe britânico se se opõem as operações do Exército português, obrando este contra os franceses; se a resposta for de que sim, nada há a fazer do que ceder à força, até novas ordens; e sendo de que não obsta, o Excelentíssimo General em Chefe pode obrar sem novas ordens, visto ser necessário acudir ao saque de Lisboa, que já ontem principiou, e ser toda a demora de muito dano.
Quartel-General da Encarnação, 2 de Setembro de 1808.
[Fonte: Luís Henrique Pacheco Simões (org.), "Serie chronologica da correspondencia diplomatica militar mais importante do General Bernardim Freire de Andrade, Commandante em Chefe do Exercito Portuguez destinado ao resgate de Lisboa com a Junta Provisional do Governo Supremo estabelecido na cidade do Porto e o Quartel General do Exercito Auxiliar de S. Magestade Britanica em Portugal", in Boletim do Arquivo Histórico Militar - Vol. II, 1931, pp. 3-77, p. 22 (incluído no doc. 69)].
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Para melhor contextualização deste documento, veja-se o assento do Conselho Militar de 2 de Setembro de 1808.
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Nota:
Para melhor contextualização deste documento, veja-se o assento do Conselho Militar de 2 de Setembro de 1808.