sábado, 16 de julho de 2011

Carta do General Dalrymple ao General Wellesley (16 de Julho de 1808)




Gibraltar, 16 de Julho de 1808

Senhor:

Tendo recebido ordens de Lord Castlereagh para remeter-vos todas as informações possíveis relativas ao estado e progresso dos acontecimentos nas partes meridionais de Espanha, não perco tempo em comunicar a substância das informações que tenho tido oportunidade de coligir sobre tais pontos, como também as minhas consequentes observações.
No fim de Maio a insurreição era geral (segundo creio) em todas as províncias e subdivisões do Reino não submetidas aos Exércitos franceses, e no clero em geral; e a populaça revelou um grau de fúria revolucionária e fanática que creio que excedeu até a que surgiu durante a Revolução francesa; porém, como os motivos (Lealdade e Religião) eram muito diferentes dos da França, houve obviamente diferenças nos resultados.
Em quase todos os lugares consideráveis está formada uma Junta Suprema de Gobierno [sic]; a de Sevilha (com a qual nos comunicámos mais, até agora) revela claramente querer assumir o carácter de Governo Nacional, uma pretensão que irá produzir más consequências, se não for examinada a tempo. Devo acrescentar que cada Junta age em nome de Fernando VII, para o qual o entusiasmo popular está ao presente principalmente direccionado. 
Apesar do General Spencer ter ido reunir-se com o Almirante Purvis, na barra de Cádis, debaixo da minha autoridade, penso necessário referir que não tive parte alguma nas negociações que foram tomadas entre esse oficial e o Almirante Purvis duma parte, e o Governador Morla e o General Herrera doutra parte.
Estou seguro que se decidiu na Junta de Sevilha, por uma grande maioria dos membros, que as nossas tropas não seriam admitidas, como guarnição, em qualquer praça-forte. Também estou informado, por uma boa autoridade, que o General Morla, Governador de Cádis, é o adepto mais enérgico desta resolução: julgo ser meu dever referir este facto, pois parece que o General Spencer ficou convencido que este General Morla prevê que o seu corpo seja utilizado para a defesa de Cádis, caso os Exércitos espanhóis sofressem algum revés.
Presentemente, tenho um Oficial do Quartel-Mestre do Estado-Maior siciliano (o Capitão Whittingham) junto do Exército do General Castaños; ordenar-lhe-ei para comunicar-se convosco daqui para diante, e permiti-me recomendá-lo a vós com um homem de grande zelo e actividade, e um perfeito espanhol. Também tenho em Sevilha um Oficial, o Major Cox, do Regimento n.º 61, através do qual Lord Collingwood e eu próprio temos comunicado com a Junta; também recomendo este Oficial à vossa atenção, por ter revelado talentos consideráveis na missão que foi encarregado. 
Junto um extracto de um dos ofícios do Major Cox, sobre a nossa permissão para ocuparmos Cádis, através do qual julgareis nas mesmas bases sobre a qual a minha opinião foi formada.
Provavelmente, antes deste ofício vos alcançar, o General Castaños terá lutado contra Dupont. Em caso de desastre, ele desejava que o General Spencer ocupasse uma posição em Jerez [de la Frontera], com uma parte da sua força, mantendo outra parte embarcada, para conceder ajuda ao General Morla para a defesa de Cádis. Ele também pretendia ter um destacamento no Puerto de Santa María. 
Em Valencia a Junta Suprema formou-se alguns dias antes da de Sevilha; e a conduta da populaça (pela qual se formaram todos os governos em todos os sítios) era, em Valencia, marcada por uma violência particular; e logo no início, mais de 300 comerciantes franceses foram mortos. Desde então, é bastante claro que a populaça da cidade de Valencia cercou, se não bateu completamente, a Divisão de Moncey, que alcançou aquele lugar com um poder avassalador, e, depois duma acção desesperada, um Regimento suíço e outro regular foram quase aniquilados, numa passagem chamada Cabrillas, e conseguiram escapar doutros corpos que os valencianos tinham no campo; em Valencia acredita-se que estes últimos corpos tinham cortado a retirada de Moncey, e destruído o seu próprio corpo. Não confirmo a precisão de qualquer destas notícias; mas julgo que é indubitável que, em geral, os franceses foram aí desconcertados.
Barcelona está nas mãos dos franceses; e as notícias que temos da Catalunha são vagas e imprecisas. Aragão está em armas, certamente; e temos notícias oficiais duma derrota que os franceses sofreram em Zaragoza, com imensas baixas; parece haver algo fabuloso na narrativa, apesar de acreditada em geral em toda a Espanha, onde se atribuiu tal derrota a N.ª S.ª la Virgen del Pilar. Tais são as ideias do povo neste momento. 
Depois do General Castaños esperar que derivasse um auxílio, em caso de desastre, da posição que ele desejava que o Major General Spencer tomasse em Jerez, ele ultimamente afincou-se na opinião de que as forças britânicas deveriam ser empregadas sobre o Tejo; mas entendo que tal viragem foi originada pelo ressentimento das nossas intenções em relação a Cádis. Achei que os espanhóis retrocediam perante qualquer proposta que tendesse a colocar à nossa disposição as suas frotas e as suas fortalezas; e penso que uma grande força [britânica] na barra de Cádis poderá motivar que os espanhóis enviem uma guarnição para ali, destacando-a até do próprio do exército que se opõe a Dupont.
Transmito-vos uma publicação da Junta de Múrcia* (na qual se afixou o nome de Floridablanca), que pinta, em cores vivas e verdadeiras, o perigo presente da Espanha. De Bonaparte não se ouve nada; os seus exércitos parecem ter sido deixados à sua sorte.
Recebi deputações de Sevilha, Jáen, Granada, Valencia, Cartagena, das Ilhas Baleares, e da maioria das cidades na costa do Mediterrâneo entre o estreito [de Gibraltar] e a Catalunha, e até de Tortosa, nesta última província; todos expressam os mesmos sentimentos, e todos fazem os mesmos pedidos - dinheiro, armas e munições.
Tenho a honra de ser, etc., etc.,

H. W. Dalrymple,
Tenente-General


_________________________________________________________________

Nota: 

* Tratava-se da tradução duma proclamação datada de 22 de Junho de 1808, publicada em castelhano (entre outras fontes) na Gazeta de Madrid, 9 de agosto de 1808, pp. 991-993.

Carta do Tenente Coronel D. Juan de la Cruz Mourgeon ao General Castaños (16 de Julho de 1808)



Excelentíssimo Senhor:

Ontem, como terá sido avisado Vossa Excelência, os inimigos atacaram-me, de modo que tive a necessidade de internar-me para além da montanha. A sua força consistia em 2.000 homens, e a minha em 1.500. Por fim consegui tomar uma posição vantajosa, pronta para defender a retirada dos inimigos por esta parte e para ajudar a operação da primeira divisão pelo seu flanco direito.
Tive na acção de ontem 13 mortos e 28 feridos, e os inimigos, segundo a declaração de um Sargento ferido que aprisionámos, tiveram mais de 100 mortos e feridos, e ademais fizeram retirar as suas tropas logo que tomei a nova posição.
A falta de água que há nesta terra obrigou-me, para refrescar a tropa, a passar ao Puerto de las Viñas, onde permaneci até às 4 horas da tarde, quando tomei a posição do alto do Peñascal de Morales, onde às 9 horas da noite fiz as duas grandes fogueiras.
Estou preocupado porque não sei o resultado da primeira e da segunda Divisão. 
Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos.
Peñascal de Morales, às 8 e meia da manhã de 16 de Julho de 1808.

Juan de la Cruz Mourgeon

Carta do General Dupont ao General Belliard (16 de Julho de 1808)



Escrevi-vos, meu querido General, o resultado do dia de ontem: continuamos donos de todas as nossas posições; seguramente teremos hoje um novo ataque da parte do inimigo. Este dia é o aniversário da vitória de Tolosa sobre os mouros, e a preocupação religiosa dá uma grande importância a esta época nos entendimentos espanhóis. 
Escrevo ao General em Chefe que realmente não se deve perder um instante para sairmos da nossa posição, na qual já não podemos subsistir. Tendo o soldado todos os dias as armas nas mãos, não pode ceifar nem fazer o seu pão, como fizeram até aqui, porque os paisanos abandonaram as suas casas e as suas searas. Peço portanto reforços; numa palavra, um corpo de exército reunido, e que não esteja espalhado por tão grandes distâncias. Suplico-vos para fazerdes segurar as comunicações para que a Divisão Govert se possa reunir. Se deixamos ao inimigo manter o campo a sul, todas as províncias e as demais tropas de linhas acabarão por seguir o partido dos rebeldes. Um golpe enérgico dado na Andaluzia contribuirá muito para submeter toda a Espanha. Envie-me biscoitos, medicamentos e tecido para ligaduras, com a maior prontidão possível, porque os bandidos interceptaram nas montanhas, há um mês, os nossos hospitais ambulantes e os biscoitos que vinham de Toledo.
Sou, etc.

O General Dupont

Carta do General Dupont ao Duque de Rovigo, General em Chefe dos Exércitos franceses na Espanha (16 de Julho de 1808)


A Sua Excelência o Senhor Duque de Rovigo, General em Chefe dos Exércitos Franceses na Espanha.


Senhor General em Chefe:

Tenho a honra de dirigir a Vossa Excelência uma cópia da minha carta de ontem. O inimigo mantém-se nas mesmas posições, ocupa as alturas em frente de Andújar, e as suas baterias estão a um tiro da nossa vanguarda. Presumo que hoje renovará o seu ataque, e nós o receberemos com a maior tenacidade para conservar a nossa posição. 
O General Vedel guarda o caminho de Jaén para Bailén, e eu encarreguei-o para que observe com eficácia o caminho de Jaén a Úbeda, pelo qual poderia o inimigo passar a La Carolina; encarreguei o mesmo ao General Gobert, tendo em conta a suma importância da posição de La Carolina, para manter a nossa comunicação com Madrid. 
O ataque do inimigo revela que é concebido por projectos formais, e a nossa inação deu-lhe alentos.  Creio, como já insinuei muitas vezes a Vossa Excelência, que não devemos perder um instante para passar à ofensiva. Se não se sujeita o sul, o fogo da insurreição estender-se-á imediatamente às outras províncias, e as tropas regulamentares que se encontram espalhadas por elas deixar-se-ão arrastar para o partido dos rebeldes; é preferível que momentaneamente não se faça caso dos movimentos parciais que se podem manifestar nalguns pontos, a fim do exército francês estar em condições de marchar com forças suficientes contra este exército do sul, que está em guerra aberta contra nós. Para além disto, farei observar a Vossa Excelência que há cerca de um mês que ocupamos a posição de Andújar, que este território foi assolado pelos bandidos, e que não podemos extrair dele mais do que escassos recursos para viver. Há muito que as tropas não teriam subministros, se os soldados não se empregassem diariamente em ceifar o trigo e em fazer por si mesmos o seu pão, mas agora que a tropa está continuamente com as armas a postos, não pode usar já este meio. Vossa Excelência saberá quão impaciente está o exército para sair desta situação e marchar contra o inimigo. A reunião completa da divisão Gobert e mais outra divisão com alguma cavalaria, colocarão este exército em disposição de retomar as suas operações, mas este momento nunca poderá vir muito cedo. Rogo a Vossa Excelência que assegure a Sua Majestade o zelo que anima as suas tropas pelo seu serviço; ontem adquiriram mais um grau de confiança; todos os motivos se reúnem para que dêem incessantemente uma batalha decisiva.
Tenho, etc.

Carta do Marquês de Coupigny ao General Castaños (16 de Julho de 1808)



Excelentíssimo Senhor:

Tendo-me pedido o General D. Teodoro Reding para reforçar a sua Divisão com alguma tropa do meu mando, despachei-lhe imediatamente o Batalhão de Ceuta, reforçado com 200 Voluntários de Granada e 150 Voluntários catalães. Conforme aos seus movimentos, vigiei o inimigo com a minha Divisão a partir d o amanhecer, e tendo observado que pelo caminho real se dirigia tropa e vários transportes até à cidade de Andújar, mandei o Regimento de Cavalaria de Borbón, o Batalhão de Voluntários catalães e as guerrilhas passarem o vau à minha esquerda, para que, observando o inimigo e flanqueando-o, fatigassem a sua marcha e tirassem o partido que pudessem. Assim o fizeram, apesar dos inimigos manterem a sua retirada, sustentando os transportes com alguns Batalhões de Infantaria e Esquadrões de Cavalaria formados em boa ordem à minha frente, o que não impediu que, carregando sobre o seu flanco esquerdo e retaguarda, conseguíssemos matar-lhes bastante gente e capturar vários prisioneiros, entre os quais se encontra um correio que Dupont enviava a Madrid, cujas cartas incluo, tomando-lhe ademais 10 mulas e uma tenda de campanha e inutilizando os carros com marmitas de campanha e outros artigos que levavam, tendo-se reconhecido entre os mortos um Oficial de Engenheiros, pelos papéis que trazia.
Pelas perguntas que fiz aos prisioneiros, todos respondiam que padecem muito de fome, e isto é confirmado pelas próprias cartas de Dupont; assim, não duvido que, apesar do seu estilo quando fala de nós ao seu General em Chefe, estando convencido que Vossa Excelência tem 18.000 homens na sua frente, se lhe intimassem com as vantagens que a sua honra e decoro poderiam admitir, creio que se renderia com toda a sua divisão.
Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos.
Villanueva de la Reyna, 16 de Julho de 1808.

Carta do General Teodoro Reding ao General Francisco Xavier de Castaños (16 de Julho de 1808)



Excelentíssimo Senhor:

Às 4 horas desta tarde acabo de retirar-me com a divisão do meu mando, depois de ter conseguido desalojar os inimigos dos postos fortificados que tinham nas margens do rio, e apesar dos reforços que se lhes tinham enviado, foram igualmente obrigados a abandonar todas as posições militares que consecutivamente tinham tomado. Ficaram em nosso poder um canhão, um carro de munições e vários de transporte, as malas que tinham no seu acampamento, os seus mantimentos e alguns prisioneiros, entre os quais um Capitão de Couraceiros, tendo ficado no campo de batalha muitos deste corpo escolhido. As tropas do meu mando cumpriram os seus deveres e superaram o sofrimento das necessidades provocadas pelo calor, fome e sede; mas como a qualidade do terreno tornava interminável a série de ataques do inimigo, pelas novas posições que sucessivamente ia tomando, vi-me necessitado às duas horas da tarde a regressar a esta povoação, para que não aumentassem as vítimas do calor e do cansaço que tinham ficado no campo de batalha. A perda das melhores tropas do inimigo foi considerável, e os feitos da nossa bem servida artilharia contribuíram para batê-los em todas as suas posições, como igualmente o fizeram as nossas partidas de guerrilha e os diferentes corpos de linha, tendo-se distinguido os oficiais superiores da minha divisão e a maior parte dos chefes dos Regimentos, o que indicarei a Vossa Excelência particularmente. Na próxima carta darei parte a Vossa Excelência dos mortos e feridos, entre os quais se encontram vários oficiais de mérito e recomendação. 
Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos.
Mengíbar, 16 de Julho de 1808.

Carta da Junta do Algarve a Sua Majestade Britânica (16 de Julho de 1808)



Senhor!

Como própria tem Vossa Majestade olhado a causa de Portugal, desde que se proporcionaram os desgraçados princípios da sua infelicidade; os tristes agouros da sua fatal desgraça não puderam ser ocultos ao mais prudente de todos os Gabinetes; as medidas para a conservação dos sagrados penhores desta Monarquia, traçados como por uma mão superior, foram maravilhosamente executadas, e o seu êxito igual ao seu proposto; saiu de seu berço a fidelíssima Casa de Bragança, deixando em nossa protecção o seu Império, e ficaram intactos os votos da nossa obediência e homenagem; eles nos obrigaram a receber tranquilos os inimigos de Deus, da Religião e dos homens, ele pretextaram o nosso sofrimento, enquanto duraram à nossa vista as Coroas e troféus da Monarquia portuguesa; pouco importaria a perda dos nossos concidadãos, riquezas e faculdades, que nova sorte e o trato do tempo restituem, se não fosse o roubo do brasão lusitano, levando após si arrebatadamente a estimação do nome português. Eis aqui, Senhor, o aleivoso sistema que desde o dia dezanove de Junho […] passado nos chama às armas, por tantas bocas quantos são os estragos que nos veio causar o pérfido inimigo, com tantas forças quantas pingas de sangue circulam em nossas veias, e com tanta constância quanta for a nossa vida; o justo furor da nossa vingança facilmente nos subministrou os instrumentos com que trabalhamos a importante obra da nossa liberdade e salvação; rompemos o estranho e abominável intruso vínculo da Sociedade Imperial, que nos havia ferido os próprios da Monarquia. O Povo recuperou os seus primeiros direitos, e reaclamando o nosso Augusto Príncipe, consistiu na capital deste Reino do Algarve um Supremo Conselho de Regência, cujo formal do seu estabelecimento temos a honra de oferecer a Vossa Majestade: operamos a favor da Religião, Pátria e liberdade, sem excepção de pessoa, e quase sem exclusão de idades, cada um disputa a ocasião de mostrar o seu patriotismo; fizemos reunir a licenciada [e] desprezada tropa, e pouco a pouco vamos na perseguição do inimigo que precitadamente pôde escapar do nosso primeiro ímpeto, e colar as montanhas que separam este Reino. 
Tudo temos felizmente conseguido; porém, Senhor, não é possível arranjar de pronto as proporcionadas finanças de que necessitamos, acabando de ser roubados; e aonde poderemos ter socorro se não for nas Reais Mãos de Vossa Majestade? Elas têm protegido a nossa causa; elas têm protegido o Nosso Príncipe; por estes sagrados penhores depositados nas próprias e Reais Mãos de Vossa Majestade, nós rogamos o empréstimo de cinquenta mil libras esterlinas; sujeitando à sua satisfação todos os fundos e propriedades deste Reino do Algarve, entretanto que o nosso amável fiel Príncipe tenha ocasião de remir-nos e auxiliar-nos; ele mesmo se lisonjeará de merecer mais uma ocasião ao magnânimo afecto de Vossa Majestade, e nós a ajuntaremos aos anais da mais distinta nação um facto tão piedoso. 
Deus Guarde a Vossa Majestade por dilatadíssimos anos. 
Faro, 16 de Julho de 1808. 

Ventura J. Crisóstomo e Sá, Secretário do Conselho 
Conde Monteiro Mor 

(com mais assinaturas) 

[Fonte: Correio Braziliense, Outubro de 1808, pp. 412-414; José Accursio das Neves, Historia Geral da Invasão dos Francezes em Portugal, e da Restauração deste Reino - Tomo V, Lisboa, Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1811, pp. 49-53; Alberto Iria, A Invasão de Junot no Algarve, Lisboa, s. ed., 1941, pp. 390-391 (doc. 89)].