Ramalhal, 25 de Agosto de 1808.
Tenho a honra de incluir uma carta que entregareis ao Comandante em Chefe francês. Como o General Kellermann atribuiu, aparentemente, muita importância ao artigo relativo aos russos, e como tal excede inconveniente e desvantajosamente a obrigação do exército britânico em cumprir o acordo para uma suspensão ilimitada de hostilidades, informareis Sua Excelência [Junot] que considero que o que acordei chegará ao fim às doze horas do meio-dia do dia 28.
No caso de que Sua Excelência manifeste um desejo de continuar as negociações para uma convenção sobre a base dos restantes artigos do acordo, autorizo-vos a negociá-la e a concluí-la, com aquele oficial que for nomeado pelo Comandante em Chefe do exército francês, sobre os termos especificados no memorando incluso, [convenção esta que será] sujeita à ratificação do Almirante [Cotton] e de mim próprio; e no caso de que acheis que Sua Excelência tem esta disposição em mente, estais autorizado, no caso de entrardes na negociação com estes poderes, a informar o Comandante em Chefe do exército francês de que não farei objecções a uma renovação do acordo para a suspensão de hostilidades para um período definitivo, a fim de permitir que os oficiais empregados concluam as negociações.
Tenho a honra de ser, etc.,
W. H. Dalrymple
[Fonte: Lieut. Colonel Gurwood (org.), The Dispatches of Field Marshal the Duke of Wellington, K. G. during his various campaigns in India, Denmark, Portugal, Spain, the Low Countries, and France, from 1799 to 1818 – Volume Fourth, London, John Murray, 1835, pp. 105-106].
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Nota:
Sobre o Tenente-Coronel George Murray, ver a nossa nota à primeira versão da Convenção para evacuação dos franceses de Portugal (de 28 de Agosto).