[Fonte: Analyse á Proclamação do General Junot aos habitantes de Lisboa em 16 de Agosto de 1808, Coimbra, Real Imprensa da Universidade, 1808, in Discurso do Imortal Guilherme Pitt..., pp. 103-117].
Segundo uma nota manuscrita no exemplar acima publicado, "o autor deste folheto [publicado anonimamente] foi o Deão da Sé de Braga, Luiz António Furtado de Mendonça, fiho natural da casa do Visconde de Barbacena, tinha gosto pela eloquência, possuía talentos, falava com actividade e calor, cortejava a todos, e todos lhe eram afeiçoados. Recolhendo-se a Lisboa com o seu Arcebispo depois da invasão dos franceses no Porto [em 1809], com [?] de vituperar os procedimentos de Bernardino Freire, o que ofendeu D. Miguel Pereira Forjaz; censurou a inércia dos regentes, o que os escandalizou. Olharam-o como homem preguiçoso, e trataram de o segurar; assim aconteceu. Foi preso repentinamente, e conduzido aos cárceres do Santo Ofício como farinação; este crime se lhe imputou para o malquistar com o público que o amava, e para sanar a violência do procedimento que aborreceu as pessoas sensatas. A capa da religião ofendida cobriu ódios particulares contra o autor preso. Nada tão mau como a malícia dos homens!".