Napoleão, pela graça de Deus Imperador dos franceses, Rei de Itália, Protector da Confederação do Reno, a todos os homens a quem as presentes chegarem, saúde.
Havendo-nos a Junta de Estado, o Conselho de Castela, cidade de Madrid, etc, etc., feito saber que a felicidade da Espanha requer que se ponha imediatamente fim ao Governo provisional, temos resolvido proclamar, e por estas presentes proclamamos ao nosso bem amado irmão José Napoleão, o actual Rei de Nápoles e Sicília, Rei de Espanha e das Índias [Ocidentais].
Nós garantimos ao Rei de Espanha a independência e integridade dos seus Estados na Europa, assim como na África, Ásia e América, encarregando ao Tenente General do Reino, Ministros e Conselho de Castela, que façam expedir esta proclamação e anunciá-la publicamente, segundo o costume usual, para que ninguém alegue dela ignorância.
Dado no nosso Palácio Imperial de Bayone, aos 6 de Junho de 1808.
Napoleão
H.B. Maret, Ministro de Estado
[Fonte: Gazeta do Rio de Janeiro, n.º 2, 17 de Setembro de 1808, p. 2; Correio Braziliense, n.º 8, Janeiro de 1809, pp. 9-10].