Nota:
Tal como a pastoral do Bispo do Algarve datada de 21 de Maio de 1808, parece que esta pastoral do Arcebispo de Évora, Frei Manuel do Cenáculo Villas-Boas, foi composta devido à pressão do Governo de Junot, na sequência da publicação da carta da chamada deputação portuguesa. Segundo as próprias palavras de Cenáculo, "preparei [...] uma Pastoral que fiz imprimir, [...] a qual cuidadosissimamente não publiquei, sem embargo dos exemplos de muitos outros Prelados que as publicaram, ainda que eu me visse instado e como [que] obrigado a fazê-lo pela insinuação expressa do chamado Secretário de Estado do Interior, Francisco António Herman [sic], em aviso seu e em nome do intruso Junot, datado de 13 de Maio de 1808".
De acordo com uma nota manuscrita apensa ao raríssimo exemplar impresso acima publicado, da autoria de Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara, antigo director da Biblioteca Pública de Évora (fundada pelo próprio Cenáculo), os 500 exemplares impressos ficaram assim conservados fechados e empacotados até à expulsão definitiva dos franceses, quando Cenáculo decidiu mandar queimá-los.
Ainda segundo Cunha Rivara, para além do exemplar acima publicado, que se encontra compilado no 5.º códice (fls. 101-105v) do chamado Diário manuscrito de Frei Manuel do Cenáculo Villas-Boas (disponível para consulta on-line na Biblioteca Digital do Alentejo), somente escaparam às chamas outros dois exemplares impressos: um que Cenáculo enviou ao Príncipe Regente, em anexo a uma relação acerca da brutal repressão dos franceses sobre Évora no final de Julho de 1808, que teremos ocasião de publicar mais adiante (e da qual extraímos o excerto acima citado); e um "que o Padre José Agostinho de Macedo pôde subtrair da tipografia".
Ainda segundo Cunha Rivara, para além do exemplar acima publicado, que se encontra compilado no 5.º códice (fls. 101-105v) do chamado Diário manuscrito de Frei Manuel do Cenáculo Villas-Boas (disponível para consulta on-line na Biblioteca Digital do Alentejo), somente escaparam às chamas outros dois exemplares impressos: um que Cenáculo enviou ao Príncipe Regente, em anexo a uma relação acerca da brutal repressão dos franceses sobre Évora no final de Julho de 1808, que teremos ocasião de publicar mais adiante (e da qual extraímos o excerto acima citado); e um "que o Padre José Agostinho de Macedo pôde subtrair da tipografia".