Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oito aos vinte e sete de Maio, nesta cidade de Penafiel e casas da Câmara dela, onde foi o doutor corregedor e provedor desta cidade e comarca José Vaz Pereira Pinto Guedes e o doutor juiz de fora desta mesma Bento José de Macedo Araújo e Castro com os vereadores actuais, o licenciado Manuel Caetano Moreira, o licenciado Bernardo José de Azevedo e Mello e o licenciado João Bernardino Pinto de Moura, vereador de uma das pautas passadas, e o actual procurador António Joaquim de Carvalho, e com assistência da nobreza e povo desta mesma cidade. E aí com o maior respeito e demonstrações de sincero contentamento se publicou e leu o primeiro suplemento à Gazeta de Lisboa n.º 20, e unindo todos os seus votos, o seu reconhecimento e a sua mais submissa obediência à Augusta e Imperial beneficência e inapreciáveis virtudes de Sua Majestade Imperial e Real o Grande Napoleão primeiro, nosso magnifíssimo protector, árbitro e soberano, a quem renderam infinitas graças em sinal da sua pública gratidão e reconhecimento aos inumeráveis benefícios que havemos recebido e firmemente esperamos receber da Augusta [...] e incomparável [...] de Sua Majestade Imperial e Real, mediante a protecção de Sua Excelência o Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Duque de Abrantes, que tão heróica e paternalmente se interessa na sólida felicidade deste venturoso Reino. E para constar no referido mandaram fazer este auto que assinaram, e nobreza e povo. E eu, João Bernardo Telles de Menezes, escrivão proprietário da Câmara, o escrevi.
José Vaz Pereira Pinto Guedes.
[seguiam-se as assinaturas]
[Fonte: José Viriato Capela, Henrique Matos e Rogério Borralheiro, O Heróico Patriotismo das províncias do Norte. Os concelhos na Restauração de Portugal de 1808, Braga, Casa Museu de Monção/Universidade do Minho, 2008, p. 409].