Lisboa, 8 de Setembro de 1808.
Senhor:
Temos a honra de reconhecer o recibo da carta de Vossa Excelência, acedendo à proposição do General em Chefe francês em relação à disposição da restante prata e ouro, derivada das contribuições sobre o país, e notificamos a Vossa Excelência o consentimento dos Comissários franceses.
Ontem, logo depois de escrevermos a Vossa Excelência, pedimos por carta ao General Kellermann para que se tornasse pública a intenção de restituir toda a propriedade privada, assim como a das livrarias e museus públicos e reais, convidando-o a indicar como se executaria este objectivo com o menor perigo para a tranquilidade da cidade; e segundo a sua resposta, recebida esta manhã, ele pensa que a ordre du jour [sic] é suficiente; contudo, reforçámos novamente que o General [Dalrymple] observou que ambas as partes, e não somente as tropas francesas, devem ser informadas sobre aquilo que diz respeito a ambas. O General em Chefe repetiu as proibições, com as ordens que agora enviamos cópias.
Temos a honra de ser, etc.,
W. C. Beresford, Major-General.
Proby, Tenente-Coronel.
[Fonte: Copy of the Proceedings upon the Inquiry relative to the Armistice and Convention, &c. made and conclued in Portugal, in August 1808, between The Commanders of the British and French Armies, London, House of Commons Papers, 31st Jannuary 1809, p. 193 (doc. 80].