Porto, 25 de Julho
O General Loison, que havia sido mandado por Junot a tomar posse do Porto, recolheu-se a Lisboa de se lhe haver frustrado a empresa e ter perdido grande parte do corpo que comandava. Depois partiu para Santarém, para formar aqui um posto avançado a Junot, sobre a estrada de Coimbra e caminho de Abrantes; ao mesmo tempo que o General Laborde se postou em Leiria para comandar a estrada nova de Coimbra. Junot concentrou em Lisboa as forças que tinha em Évora e Elvas, com o que tem junto um exército de 16.000 homens.
O exército dos patriotas portugueses se avançou até Coimbra, e consiste agora das seguintes tropas:
Infantaria regular | | 7.000 |
Infantaria de milícia | | 10.000 |
Infantaria de ordenança | | 15.000 |
Cavalaria montada | | 500 |
Cavalaria desmontada | | 1.000 |
| Total | 33.500 |
O General Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda dispunha-se, com as tropas que ajuntou de Trás-os-Montes, a investir [sobre] Almeida, onde havia uma guarnição francesa.
O General Arthur Wellesley chegou com a divisão do seu comando a Coruña e saltou em terra; mas logo tornou a embarcar e procedeu em sua viagem; aos 23 do corrente desembarcou no Porto, e no dia seguinte, havendo tratado com o Governo, tornou para a esquadra inglesa tomando a derrota do sul.
Aos 12 de Julho desembarcaram na Figueira 350 soldados de marinha da esquadra inglesa; e neste mesmo dia entraram no Porto 64 soldados franceses que os estudantes aprisionaram em Coimbra.
[Fonte: Correio Braziliense, Agosto de 1808, pp. 248-249].