Nota: Os "jogos do Entrudo" eram o que hoje chamaríamos "brincadeiras de Carnaval". Segundo Felipe Ferreira, "Luiz Edmundo, em seu Recordações do Rio Antigo, ressalta o carácter anárquico do Entrudo em Lisboa nos séculos XVIII e XIX. As brincadeiras, bastante agressivas, incluíam ataque aos passantes, que recebiam sobre suas cabeças ovos, farinhas, cabaças de cera cheias de água, tremoços, sacos de areia e até moringas ou tachos de cobre. [...] O Entrudo na capital do reino era marcado por troças e logros, tais como besuntarem-se escadas para provocar tombos, lambuzarem-se maçanetas com matérias fedorentas, colar uma moeda no chão para ver alguém tentando pegá-la sem sucesso ou servir uma sopa cheia de pimenta antegozando a reacção de quem fosse tomá-la. Por outro lado, a fuzarca no interior do país tinha como principal elemento os charivaris, onde a rapaziada das aldeias aproveitava para fazer todo o tipo de zombarias com os habitantes do lugar". [Fonte: Felipe Ferreira, O Livro de Outro do Carnaval Brasileiro, Rio de Janeiro, Ediouro, 2004, p. 75].
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Edital de Lucas Seabra da Silva, Intendente Geral da Polícia, proibindo todos os "jogos do Entrudo" (25 de Fevereiro de 1808)
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