segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Campanha do Rossilhão (1793-1795) e suas consequências



Em 1793, a França revolucionária, mais radical que nunca, decapita Luís XVI. Depois de quatro anos assistindo passivamente aos avanços dos radicais franceses, a Europa decide intervir. A Espanha, sob a iniciativa de Godoy, tenta vingar o sangue derramado da família real francesa, ligada por matrimónios a muitas casas outras reais europeias. Portugal junta-se à causa, enviando para o Rossilhão (região assinalada a vermelho no mapa abaixo) um corpo de cerca de 5.000 homens liderados por um General inglês, John Forbes Skellater (gravura à direita).

Ainda que num primeiro momento os aliados ganhem terreno, a França acaba por batê-los. Ao fim de dois anos de guerra, sem conhecimento de Portugal ou da Inglaterra, a Espanha opta por acordar a paz com os franceses. Manuel Godoy, que fora quem começara por declarar a guerra, é premiado então, pelo rei espanhol D. Carlos IV, com o título de Príncipe da Paz, apesar da Espanha ter saído bastante prejudicada por tal acordo, assinado em Basileia a 22 de Julho de 1795.
A aliança daqui resultante terá consequências nefastas para Portugal....
A Espanha começa por declarar guerra à Inglaterra a 5 de Outubro de 1796, mas obtém como resposta o bloqueio dos seus portos pelas esquadras navais britânicas. Portugal, apesar de se fazer aparentar como país neutro, vai apoiando e mantendo a sua aliança com a Inglaterra, o que lhe deixa entre a espada e a parede...